sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Por conta

Fungível a desvalorização, ambígua, deslavada, que foi feita por responsáveis partidários, mesmo daqueles que se prefiguram como concorrentes, relativamente ao caso da compra de votos por parte de um partido político e por isso mesmo, relativamente a caros concidadãos, com certeza também responsáveis, que por lá estariam, à época, e que pretende questões mais importantes a tratar numa altura em que o país vai a votos - problemas nacionais sérios, graves, a resolver; políticas substantivas, claras e de verdade, que para lá da proposta não pretendem perder norte com manobras subterrâneas de condicionamento, distração, esquemas de baixa política. Pessoas estas, que ainda ontem e antes de ontem, e já há algum tempo, não perderam a oportunidade de criar, aproveitar, chupar, esgravatar todos os factos políticos capazes de manobrar seletivamente a narrativa pelas entranhas do lodo. Responsáveis e representantes da capacidade destes partidos para a batota política, sempre que for essa a exigência de quem estiver no turno do poder, numa sala, onde se metem as manápulas sujas em cima da mesa, ávidas, e se decide relativamente ao negócio, de quanto tem de valer.
A base da democracia não importa, o seu conceito de verdade, a honestidade que lhe possa ser devolvida; há coisas mais importantes, prementes, há Verdades que não esperam e que têm de ser ouvidas com clareza, impunes ao ruído desse aviltamento, dessa denúncia amarga, dessa incontornável visão, de que lá no princípio, lá mesmo onde as coisas se iniciam e a democracia se faz vontade do povo, há podre e bafio; nas fundações da carne, com a passagem do tempo, há liquido encardido a pulsar por dentro.